segunda-feira, 18 de maio de 2015

18.05.2015

Engordo o cansaço a cada dormida. Meu inconsciente mal espera eu fechar os olhos para arrombar as portas e saem correndo de lá uma enxurrada de demônios, porcos grunhindo, coringas do Leto, meninas sem as pernas (como correm elas?). Eu engordo minha depressão com os dias, porque quando o porco é abatido ele grita mais forte. Esqueci também de te mencionar sem o falo, sem o fato, sem a fala, sem, sem, sem. Tudo te falta, tão irritante. A mim sempre sobra: sobra a gritaria no inconsciente, sobra a lavagem que o porco come no café da manhã. sobra meus dias derrubados na lavagem, sobra meu corpo no espírito morto,  a elasticidade de meus nervos gastos sem, sem, sem, sobra eu principalmente.