Pela primeira vez,
ou pela última. Mas não no meio.
Não sem contorno.
Não com toda essa culpa.
Minha, tua, do outro, de qualquer
um que exista.
Não com a desumanização da culpa
de ter dado tudo errado.
Não me roube a experiência
de ter estado ali
enquanto eu vivia, enquanto eu
não sentia culpa de estar errando.
sábado, 25 de outubro de 2014
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
23.10.14
Tire os olhos de mim.
Estamos no escuro, não percebe?
Não verá coisa alguma,
a menos que me toque.
Tire essa ideia da mente,
a de me olhar. Há tempos
que não estou ali,
não embaixo desses olhos,
não embaixo dessa pele,
não entre essas coxas.
Fique com meu indício
na tua cama,
fui para o escuro,
não me toque agora,
tudo que não for o seu cheiro
vai me assustar.
Estamos no escuro, não percebe?
Não verá coisa alguma,
a menos que me toque.
Tire essa ideia da mente,
a de me olhar. Há tempos
que não estou ali,
não embaixo desses olhos,
não embaixo dessa pele,
não entre essas coxas.
Fique com meu indício
na tua cama,
fui para o escuro,
não me toque agora,
tudo que não for o seu cheiro
vai me assustar.
23.10.14
Tua voz rouca, acabada, destruída
a arranhar a pele das minhas pernas.
Não mais, você que conhecia o caminho.
Você a me colocar nua, nas tuas mãos,
tortas, longes, longas, em mim,
não mais. Você dissolvido
na minha imagem desprotegida
dos teus olhos. Não mais.
Uma ponte a ligar, a morder, a manter
um acesso a mim. Não mais.
Não mais um lugar escuro
onde as paredes não faziam sentido,
onde a pele era uma escrita em braile,
teu acesso, meu acesso.
a arranhar a pele das minhas pernas.
Não mais, você que conhecia o caminho.
Você a me colocar nua, nas tuas mãos,
tortas, longes, longas, em mim,
não mais. Você dissolvido
na minha imagem desprotegida
dos teus olhos. Não mais.
Uma ponte a ligar, a morder, a manter
um acesso a mim. Não mais.
Não mais um lugar escuro
onde as paredes não faziam sentido,
onde a pele era uma escrita em braile,
teu acesso, meu acesso.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
22.10.14
Peguei um batom, roxo
sempre odiei o vermelho e
sua obviedade sexual, enfim,
nem é essa a questão,
eu usei na sua cara toda,
e a textura me dava
náuseas, ou, era frio, eu não sei,
mas desenhei no teu rosto
um sintoma.
sempre odiei o vermelho e
sua obviedade sexual, enfim,
nem é essa a questão,
eu usei na sua cara toda,
e a textura me dava
náuseas, ou, era frio, eu não sei,
mas desenhei no teu rosto
um sintoma.
terça-feira, 21 de outubro de 2014
21.10.14
Preciso falar, não mais o quê,
ou a quem, ou em qual momento.
É um jogar para fora, apenas.
Não delicadamente, como palavras
escondidas nos livros,
identificadas, reconhecíveis,
no lugar certo porque não desobedecem.
Prefiro aquilo que não é símbolo,
então foge à palavra,
à escrita,
à escuta.
Nada funciona.
O tempo prova que nada é selvagem.
Nada procura a origem,
as excitações são empurradas
para o lado. Não para trás,
sempre para o lado.
Essa parede imensa que é o tempo.
Esqueçam os simbolismos,
nada funciona.
ou a quem, ou em qual momento.
É um jogar para fora, apenas.
Não delicadamente, como palavras
escondidas nos livros,
identificadas, reconhecíveis,
no lugar certo porque não desobedecem.
Prefiro aquilo que não é símbolo,
então foge à palavra,
à escrita,
à escuta.
Nada funciona.
O tempo prova que nada é selvagem.
Nada procura a origem,
as excitações são empurradas
para o lado. Não para trás,
sempre para o lado.
Essa parede imensa que é o tempo.
Esqueçam os simbolismos,
nada funciona.
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Desejos
Pensando nas diversas formas de te/me agredir.
Agora preciso alugar meu corpo a ti
Para conseguir te cortar.
Agora preciso alugar meu corpo a ti
Para conseguir te cortar.
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