terça-feira, 9 de junho de 2015

09.06.2015

Cheguei no fim da fila das palavras. Dava direto a uma sala vazia. Eu nem reparei qual era a última. Não é como um fio tecido pelas parcas, mas algo incrivelmente desordenado. Possivelmente a última palavra era qualquer uma sem significado especial. Possivelmente era uma que a boca dizia sem pensar. E não era ela que fechava a porta atrás de si, mas a natureza desse ambiente fechado, que não pode crescer para o infinito, e também um ar opressivo e ocioso de masmorra, ou anti-liberdade, ou a casa qualquer de uma família. Uma vez dentro da sala, eu não sabia onde fabricar janelas. Todos os lados, incluindo chão e teto, eram idênticos, e retinham uma brancura patológica: tinha medo de abrir janelas. nessas circunstâncias: uma fresta no vazio: uma janela nessa sala podia ser uma ferida oca no hospício.