sexta-feira, 8 de abril de 2016

09.04.2016

Penso em que determinado lugar uma fêmea se atiraria ao parto dentro de sua floresta. Penso na ignorância das mãos nutrindo esse terrível momento de solidão, na mordida desesperada desses bichos cansados e alheios ao furor do poema. Penso na natureza do abraço destituído da palavra abraço. Penso no olhar quando não existe nenhuma palavra, nenhum nome, apenas uma confusão soberba e maciça de sensações.