sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Na água...

A água, lá no fundo, perde o mar.
Desconfigura o sal, e se procura.
Acalma-se confusa, as perguntas caladas.
A água lá no fundo encontra as pedras.
Caminha, e abrupta, se corrompe: uma barreira.
Como uma esponja, sequestrado,
o coração se enche
dessa sútil água, e de repente,
se vê repleto de peso.
Esmagado, escorre.
Não se pode enxergar no fundo do mar.
E essa é sua parte mais bonita.