segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Tempo...

As horas não se deixam visitar, elas me esquecem. E eu sempre cansada. As horas não querem a mim. Passam e não me olham, nem nos olhos, nem no rosto, nem me encostam nas mãos, elas se vão apenas. O tempo é algo distante da gente, uma forma que não se retém, não se abraça, não se enxerga. Não me importaria com esse desprezo, mas a verdade é que não me toco a não ser que o tempo permita. A saudade é um brigar manso com o tempo, é um ofender tão triste que não se revida. O problema do tempo fugir tão depressa é que estranhamente parece que ele ficou preso dentro da gente.