quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

05.02.2015

Meu sono está desregulado. Hoje eu dormi igual uma chapada (mas não em excesso). As noites anteriores foram: pesadelo, tendo acordado às 4 horas da manhã e voltado a dormir; acordar três ou quatro vezes durante a noite; e insônia inicial. Nesta última estava com muita angústia e desejando manso a morte. Não o ato do suicídio, apenas um desligamento quieto e sem violência. Eu estou machucada com a vida. Com os desencontros que são muitos. Sinto-me fraca, como se um mínimo de experiências me derrubasse. Estou animada por trabalhar em casa. É um ritmo mais leve e menos pressionado. Trabalho sozinha, por isso trabalho em paz. Tenho tendências ao isolamento, então isso pode me prejudicar, mas aqui, na atividade feita sozinha, é tranquilo. Estou um pouco ansiosa com isso, passo a maior parte do dia (quase todo) aqui no escritório, e não entendo direito porque estou evitando a minha casa. Estou quase sempre embolada emocionalmente, melancólica e com uma ansiedade assim no corpo, e é provável que os outros estejam vendo alguma dureza em mim, alguma coisa rígida e meio amarga. Estou com vontade de organizar algumas coisas de psicologia para voltar aos estudos, mas isso está lento e passivo ainda. Sempre fico assustada com as coisas, mesmo as menores. Parece que sinto-me cansada com pouco. Tento contatar novas pessoas mas o meu ânimo não deixa nada fluir de mim com vigor. E as relações que eu tenho estão todas com alguns espinhos estranhos, e como são todas, acho que sou eu é que está com algum espinho-de-contato. De tudo o que mais temo é a insônia, acho devastadora. Sempre lidei com momentos de enorme falta de fé. E alguns vários de isolamento. Dentro de tudo isso, sempre houve muito amor. As coisas não morreram.