quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

05.02.2015

Meu pé preso na cela do cavalo. Meu pé quebrado na cela do cavalo. Meu pé inchado, impedido, encaixado na cela. O animal dorme e sonha. Eu o observo ameaçada. Meu coração espera que ele acorde e corra. Minha mente está embaixo d'água. Sob o falso silêncio da água. O horror silente aperta meus os ouvidos. Ideias morrem uma a uma, engolindo o sal. Meu peito intoxicado, um componente estranho o engrandece. O silêncio o engrandece. Meu pé quebrado embaixo da água, encaixado no silêncio do fundo do mar. Minha mente um cavalo assustado que dorme e sonha.