sábado, 14 de fevereiro de 2015

15.02.2015

São 3h37 da manhã e eu estou presa dentro de um corpo que não dorme. Meu envolvimento com esse corpo resume-se a esse fato: ele não dorme. Pergunto o que o outro está pensando não com a intenção de conhecê-lo, mas simplesmente por vontade de habitar minha cabeça com pensamentos que não sejam os meus. Fracasso. Assim que me conta eu me aproprio violentamente daquilo e se não sei o que fazer me irrito, mas se sei o que fazer às vezes é ainda pior. São 4h da manhã e eu sou obrigada a escrever porque preciso me desenrolar para fora antes que me enforque toda por dentro lá nas tripas.