quinta-feira, 12 de março de 2015

13.03.2015

Aquele casarão chamado saudade. O barco da minha serotonina afundado. O vidro quebrando no meio da noite, eu acordo dentro do meu cativeiro chamado mundo. Eu durmo e acho um esconderijo. A quem enganar? Caio nalgum banheiro bizarro com um palhaço assassino. Meu sangue escorrendo no ralo, só para avisar que a morte vai chegar, talvez no próximo segundo, ou no próximo, ou depois. A bulímica fazendo escândalo no banheiro. Essa geração de fantasmas nem vomitar sabe. Vomitam vazio. Movimentos do esôfago que caem no escuro do lugar-nenhum. A privada limpa por uma obsessiva compulsiva, retratos da doença chamada: nada. nenhum. coisa alguma. lugar nenhum. vazio. Ela dá a descarga mesmo assim. É patético. Tenho que sair debaixo da cama - sim, eu estava escondida na casa, eu tenho medo - e ir lá meter a mão na cara dessa mulher-morta-imbecil-que-pensa-que-vomita. Tirá-la da psicose chamada 'meus restos alimentares'. Se não tivesse morta, eu matava.