domingo, 31 de maio de 2015

01.06.2015

O grito gira e acerta a parede. Arrebenta-se. Um grito me cobre de azul. Dezessete pesadelos me atingiram como um pelotão de fuzilamento na hora marcada para a execução. Um grito me despiu de azul. Não há nada na caixa de pandora além do choro, guardado em formato de garganta, arrancado do corpo de um coitado indigente. Um grito me penetra entre as pernas. Atinge a fala no mesmo instante, como uma katana bem afiada, que me ama mais que você.