sábado, 2 de maio de 2015

03.05.2015

O ponto sem retorno, a escada até o paraíso, o péssimo marceneiro. Um desmoronamento. Meu corpo em pedaços, mastigado pelo desencontro que é viver. Você guarda meu erotismo no bolso, perto o bastante do saco pra te manter ereto, você me guarda perto. Já não sei se gozo ou se sangro. Há muito tuas mãos me tocam agressivamente. Subir essa escada não significava coisa alguma, quando eu inteira descia a rua para qualquer caminho que me levasse a tua cama. Tu penetrava até um ponto sem retorno, eu te mantinha em mim. A destruição não me incomodava, eu subia para um lugar onde a fé não é mais necessária. A minha boca não perguntava.