domingo, 10 de maio de 2015

10.05.2015

A carne era azeda, a úlcera funda. Uma cadela corria para fora da cidade, aos prantos, na sua condição de cu disponível, cadela não chora, ou corre, ou uiva, ou então é atropelada. A menina de vestido azul chora porque sua cachorrinha morreu. Loira, leitosa, com jeitinho de alma fraca, com face corada de ignorância, sua cadelinha, tão domesticada. Túmulo de carcaça animal no coração da menina.