domingo, 24 de maio de 2015

24.05.2015

A semente paranóide: você comia meu cheiro aos pedaços fartos. Fechou a porta da minha garganta, enfiou a língua, e cobriu meu espaço, sou apenas um tempo perdido nas tuas mãos, sou tantos hectares de pele branca, apenas uma palavra parada no meio da sílaba, da qual tu não pode mais evitar terminar a fala sem que fique louco. Suga minhas alucinações uma a uma, com a boca, e cospe, numa caixa de pandora, meus líquidos caminham no escuro através de teus movimentos, você é uma força magnética puxando minha existência, opaca, no meio da floresta, para o centro vermelho do meu corpo.