sábado, 13 de junho de 2015

13.06.2015

Vou traçar caminhos nas minhas pernas com estilete, trilhas cruelmente fantasísticas, abortadas e guardadas num bolso encharcado de: chuva, óleo, sangue, e o que mais for inconveniente para a minha pele branca e aberta, tudo entrando sem convite: nas minhas feridas. Não há lugar de repouso no mundo. Não há um colo para nossa cabeça cansada. Vou abrir cada pedaço do corpo: buscar a nascente do choro: encher de lama, reter, ou talvez chorar mais um pouco à margem: não é um mobile que pare o movimento: não é uma roda gigante que espere eu ficar boa. Acenderei uma vela para cada santo que me minta a proteção.