sábado, 13 de junho de 2015

13.06.2015

A máscara do médico não cobria um rosto. Meus gritos se alojavam no sangue e ficavam sendo bombeados: davam a volta em todo meu corpo: recuperavam fôlego nos ventrículos: um santuário de melancolia. A mão do médico enxugava meu choro e também uma lubrificação involuntária. No prontuário o meu nome escurecia. Esse médico não é especialista. Esse soro não é antídoto. Estou esperando leito na ala psiquiátrica, então começarei a confessar minhas psicoses: por agora elas me metem vergonha.