domingo, 21 de junho de 2015

21.06.2015

Hoje eu não saí da cama, nem do sonho. Galhos inconscientes me envolviam, como uma árvore velha com a qual eu já estivesse acostumada: não tento sair. Hoje eu dormi com os olhos vendados. Houve um sequestro me levando para o fundo do sono, eu não queria sair, eu estava em estocolmo, eu estava apaixonada. Mas eu não queria sair. Os pés me indicavam as portas de saída do incêndio: e meu cachorrinho ficou escondido embaixo da pia da cozinha: perto do gás. Hoje eu levantei e andei envolta em fumaça, fuligem, calor: e tudo era excessivo e um convite à tragédia. Hoje eu andei carregando um epitáfio que dizia: 'eu não sei'. Essa condição cientifica de estar confusa, essa condição pós-moderna de estar vazia. Hoje eu não saí da fumaça, nem do pesadelo.