segunda-feira, 29 de junho de 2015

29.06.2015

Queda livre. Um tombo asiático no fim do horizonte. Ostras estalam segredos e se abrem: o inconsciente é perolado. A maré dorme. Estou guardada entre uma onda e outra. Espumadas as palavras que não digo, sobem, se diluem, se espalham e enfraquecem; não procuro. Fui sugada pelo passo em falso, perdi a trilha e agora todos os lados são: o mar. Não posso retornar à areia: sou um corpo úmido, estou escondida no fim do oceano produzindo segredos, espumas e poemas.