domingo, 12 de julho de 2015

12.07.2015

Teus olhos rochosos, teu verde de planeta desabitado na retina: meu reflexo, meu esconderijo de infinito vazio, marte em chamas silencioso, chorando no buraco negro que é o universo, teus olhos comendo minhas lágrimas: tua boca me comendo, tua boca engolindo o abismo que é meu coração: um salto, uma queda desordenada, uma dor, uma gênese de selvageria que não se conhece a ética: é boa? é ruim? é um sofrimento? é um prazer? é tudo que o homem pode tocar, é em tudo que você me toca.