domingo, 16 de agosto de 2015

16.08.2015

O estado meditativo do meu fracasso: bato a porta de casa às três da manhã, chego sozinha da rua, e entro sozinha em casa, e na casa há a solidão das portas batidas pelo vento. Agora eu também bato: espero acordar do coma alcoólico, venho de longe com mil e trezentas histórias: apenas silenciadas pelo teor incisivo da cachaça. O meu estado meditativo de: dormir e babar, onde eu estiver e deixar que os sonhos apareçam como personagens de uma tragédia, o inconsciente chora pra ser libertado todo dia: o cheiro de vômito arde nas narinas e o acorda sorrateiro, venho de longe, lá onde a censura come amoras e se lambuza e diz que: a solidão bate portas às três da manhã, todas na minha cara todo barulho me acorda, o choro manso da porta dos fundos da casa.