sexta-feira, 21 de agosto de 2015

22.08.2015

Três doses a menos de cachaça pela manhã e um planeta teria explodido dentro da caixa craniana. A isso chamamos de causa-efeito do meu fracasso. Três doses a mais e eu teria permanecido no teu colo, as pernas estariam abertas por um tempo psicótico e um planeta explodiria mais abaixo, no corpo. A isso chamamos de amor. Três longos minutos onde Ariadne plantava nós no meu destino: 37 nas minhas costas, carrego um tanto de álcool que faria o mundo inteiro sonhar e dizer: tenho medo. No corpo como uma onda elétrica, o álcool chegava ao fim depois da correria que é ter esperança: uma onda de melancolia como um aviso corria pelas pernas: pesavam como pequenos blocos de chumbo nos calcanhares: não dei o passo, não transformei o corpo, não sonhei com o futuro. Explodir e esquecer, apenas.