quinta-feira, 27 de agosto de 2015

26.08.2015

Desci três ou quatro degraus do meu espírito, sentei e silenciei o corpo parte por parte: não fazia mais esse ruído, o de existir. Eu era um túnel escurecido no meio da estrada, as bordas iluminadas pela vulgaridade da mão humana, as lâmpadas, e a noite plástica, as lâmpadas e acidentes iluminados nas extremidades do túnel que eu era: o núcleo cada vez mais escuro e silencioso: sem esse volume chamado: tragédia de se encostar nos outros: carros, corpos, dedos: extremidades líquidas e puras, o amor sofre acidente nas beiradas do corpo: o núcleo sofre a esquizofrenia de uma repetida contração escura e eu descia três degraus de quietude de uma vez só, só de olhar a luz jogando violência sob as minhas extremidades.