quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

15.01.2016

Não há descanso onde respira a palavra.
Os dedos apontam em toda extensão
A plasticidade de uma fantasia de fuga.
O líquido do corpo para sem entender
o caminho, não há luz que entre pela boca,
ou ânus, ou janelas falsas de um mundo
sem paredes, os confins sempre no diâmetro
do homem, sua vida sem saltos ou voos,
ou pássaros que escondem as palavras no
bico para larga-las do alto
da solidão,
da noite,
do alto da distância que é
voar,
cair,
andar com os pés
inchados de tédio,
o coração torcido
encharcado:
a pneumonia no lugar errado,
no lugar sanguíneo.
O corpo conta o desvio da palavra.