dorme uma mulher cujo sonho
quebra-se quinze vezes à noite
porque tudo é lamina e grito
quando a hora se repete como
um rosto que não se lava da
memória.
dorme uma mulher cuja boca
é larga para os fantasmas das
palavras, porque tudo é poema
que não se diz no meio de um
grito ou de um corte ou de um
sangue que não se lava de uma
ferida.