segunda-feira, 7 de março de 2016

07.03.2016

eu não quero ser a mulher psicótica andando tranquilamente pela casa em chamas. eu não quero ser a mulher com as mãos cheias da fuligem de um sonho. eu não quero cavar a noite como se procurasse alguém equivocadamente enterrado com os olhos abertos. eu não quero retalhar pulsos em busca de palavras que o corpo não pode dizer. se eu fosse um pássaro o céu seria uma partida. mas o céu é o vislumbre inútil de um caminho.