domingo, 3 de abril de 2016

03.04.2016

A luz dilata a íris, e dilata também
a natureza confusa do sonho.

Somos animais marinhos respirando
a excessiva umidade das palavras.

O mar imita nossos contornos, tão inseguros, tão inquietos.

Nadamos em água salgada demais
para o silêncio.

Somos animais marinhos dilatados, úmidos,
tu tocaste com os dedos a minha inquietude.

A luz dilata o corpo, a palavra, dilata também
a natureza confusa do silêncio.