Sob teus lençóis úmidos a pele era uma fotografia.
O universo inteiro é um ninho de
solidão.
O silêncio é uma palavra morta
sua palidez é uma fotografia
in memorian, é um planeta preso
em trilhos, preso em um ninho,
ele respira mais baixo que um
pássaro morto.
Ainda sobre tecidos e imagens:
teu corpo também é um ninho de solidão.
Há as fotografias escuras e há
a penetração, in memorian
o corpo é uma palavra viva
no encalço de um pássaro
em desespero.