quinta-feira, 5 de maio de 2016

05.05.2016

Essas imagens in-memorian explodem nas articulações do corpo como que perdidas e drogadas, como que pedindo socorro há quem quer que tenha uma face, essas imagens repetem a demência do amor, in memorian elas esmagam violentamente todas as nascentes desse teu corpo úmido, essas imagens são o teu corpo in memorian de toda carne maciça, impossível e descansada para o pensamento, essas imagens vem de tão longe, do fígado, talvez outros caminhos menos uterinos e mais anais, mais ferventes, talvez tudo que você ejete raivosamente, essas imagens in-curso-de-desespero talvez sejam silenciosas demais para uma conversa com deus, quando ele talha gritos pela pele, e todo poema é in memorian esse caminho devastado e destruído onde antes tudo era gentileza sonho luzes confusão felicidade.