quarta-feira, 6 de julho de 2016

06.07.2016

Distancia-te de todas as palavras
como plantas mortas, como imitações
sanguinolentas de rosas, de todo tipo de flor
vermelha, porque tudo o que sangra 
sou eu. 
Meu coquetel de pesadelos já não faz
meu coração correr, não me faz fugir
de onde eu depositei esse saco enorme
de palavras.
Eu permaneço do lado de toda fechadura, 
como se da vida eu pudesse só espiar, 
só testemunhar todo tipo de brutalidade
e sonho,
estou dormindo há algumas centenas de dias, 
não foi para isso que meus pulsos foram
retidos e cruzados como se todo teatro
fosse a bruxaria escondida de um coração partido. 
Distancia-te.