quinta-feira, 25 de agosto de 2016

25.07.2016

Eu que preciso de luz, calor, daquilo que vem a ser a compressão escura da terra, troco meridianos pelos risco grosso de giz, este chão não está quente o bastante para os rins, e todo líquido repousa magoado dentro da bexiga, meu corpo que precisa do calor, da luz, da cor violenta do amor, minhas mãos estão ocupadas crescendo, para toda defesa há essa temperatura metálica, minhas mãos estão enterradas no calor da terra, crescendo como plantas, não quentes o bastante no inverno, são longas as estações, são tão enigmáticas, uma aquarela num finíssimo papel japonês, uma cor violenta num papel japonês, um enigma metálico num papel finíssimo, meu corpo que precisa de luz, calor, e eu troco mistérios com as estações, eles me devolvem alguma fé, eu que preciso tanto de calor.