sábado, 21 de março de 2015

22.03.2015

Cocaína dos meus desejos. As agulhas prontamente eretas despencando no banho, como alvo o meu centro, aquele que nunca localizo. Hoje elas me dirão. Hei de sangrar pelo caminho principal de minhas dores. Não espero morrer. Não acredito em fadas. E nem nessas coisas que se chamam alívio. Você respira atrás do azulejo do box. Sinto teu calor na minha orelha. Conta-me cifras bem guardadas de uma história que não existe. Inventa o meu assassinato dezesseis vezes. Finjo minha morte como as mulheres idiotas fingem seus orgasmos. Uma prova de amor: me dopo e encho a banheira. Você está a espreita na casa toda. Assista.