sexta-feira, 17 de abril de 2015

17.04.2015

Unhas não serviam para nada que não fosse a passionalidade pura. Um arranhão erótico, um dna criminoso, uma evidência da tentativa de luta: o mais triste era saber que ela lutou pela sua própria vida. Havia também o comprometimento com a ansiedade, roer até o sangue aparecer, até que a ansiedade fosse localizada num pequeno buraco do dedo, e você, como num olho mágico, a enxergasse te olhando na cara lá do fundo. Unhas serviam para o amor ou para a morte.