sexta-feira, 17 de abril de 2015

18.04.2015

Pisei no sangue do cavalo abatido somente dentro da minha poesia. Enquanto isso, na realidade, estou indo na Receita Federal regularizar uma obra de pessoa física. Deitei meu abismo embaixo do abismo do homem que eu amava, somente na poesia da minha mente psicótica, na realidade, ele apenas se enfiava em mim repetidas vezes até que se satisfez. Andei num carrossel de medos giratórios somente com a embriaguez do meu senso poético, na realidade, eu virava meu corpo na cama incontáveis vezes até que eu desistisse de tentar dormir. Meu pulso era um deserto com areias verdes desenhando minhas veias apenas na rudeza do papel. Na realidade, eu me sentia muito sozinha e minha rotina me comia as esperanças. No meu armário poético, escorpião já picou meu seio, meu corpo já se espalhou pela cidade, meu grito estava no andar de baixo, entre outras coisas fantásticas. Na realidade, .... Na realidade, não.