sábado, 9 de maio de 2015

09.05.2015

Não é que eu seja triste. Nasci num manicômio. O bercinho era a gaveta do necrotério. O mundo foi desconfigurado. Não é que eu seja triste, é que o abraço mais apertado era o da camisa de força. Não que isso me faça triste. Contra a fatalidade não há cura. Empregaram doutores mais loucos que eu, descartavam remédios nas latrinas. Isso nem é tão triste. O mundo é um hospital em crise, em falência, em choque, em surto, em superlotação. Mas isso não é triste.