domingo, 24 de maio de 2015

25.05.2015

Anestesia de sono em alto mar. Conexão elétrica rompida. Aqui a terra é salgada e o desamparo é largo. A correnteza me empurra para onde a morte acontece. Mas esse afogamento de sal preserva a carne. Um sonho flutua na água, ao meu lado. Abandonado o esforço, a cidade submersa se constrói aos poucos. Esconder-se do bater seco das asas. Dormir onde não há leito. Sou um corpo desovado no rio. Sou uma palavra ensacada.