quinta-feira, 11 de junho de 2015

11.06.2015

Eu não quero falar sobre aquilo que me fere. Ou sobre os blocos vazios que encaixados me erguem: uma construção falida. Vitrais reciclados com intuito religioso. O colorido fabricado como possibilidade de amor, a promessa não pode ser cinza. Ou a neblina na janela. Ambos eram aberturas para a minha cegueira. Mas fora do sagrado, eu tinha a tua companhia. A promessa era um líquido, escorria e sumia antes de entendermos do que era feito. Desenhos de chuva na janela: imitação do teu gozo na minha pele. Eu não quero falar sobre aquilo que me cura.