sábado, 25 de julho de 2015

26.07.2015

Deixe sempre a porta aberta quando passa: seu rabo peludo sempre pode ficar flutuando depois que você já está no outro lugar e não se reconhece mais como esse animal grotesco: essa selvageria que se esgueira pelas soleiras, e se move sozinha sem pensar, sem comandos, sem destino. Eu te reconheço animal confuso, selvagem nos olhos de quem chora, cavalo, cachorro, pensador de si mesmo e que se engole por fome, uma fome de outra coisa, um apetite, uma ira, aquilo que é luxúria: o abraço.